Orar pela cura ou tomar remédios? Igrejas africanas se tornam centro de polêmica por incentivarem portadores da AIDS a interromper tratamento

O continente africano vive uma significativa expansão dos adeptos às
igrejas evangélicas pentecostais e neopentecostais, e em muitos casos, os excessos cometidos por suas lideranças, motivaram protestos de alerta por parte de outras lideranças cristãs.
Agora, o surgimento de defensores radicais do princípio de cura
através da oração tem levantado dúvidas sobre o nível de
responsabilidade e precaução dos pastores pentecostais e neopentecostais
nas igrejas africanas.
De acordo com o Religion News Service, os cultos dedicados
exclusivamente às orações para a cura se tornaram comuns nessas igrejas,
e em muitos casos, os pastores convidam os infectados pelo HIV para
irem receber oração pela cura e, após orarem, queimam os remédios
antirretrovirais na frente do público.
“Eu acredito que as pessoas podem ser curadas de todos os tipos de
doenças, incluindo o HIV, através de orações”, defende-se o pastor José
Maina, líder da igreja Oração Agmo Montanha, na periferia de Nairóbi,
capital do Quênia. “Nós geralmente os guiamos. Nós não pedimos dinheiro,
mas pedimos-lhes para deixar algum dinheiro semente que quiserem”,
acrescenta.
A postura do pastor, no entanto, é bastante questionada por pessoas
que concederam depoimentos ao jornalista Fredrick Nzwili. Muitos
revelaram que as curas muitas vezes custam todas as economias dos
doentes.
As autoridades de Saúde dos países africanos tem demonstrado
preocupação com a expansão dos cultos de cura, pois a situação clínica
de muitos pacientes tem piorado, e a interrupção do tratamento à base de
antirretrovirais pode levar o soros-positivos a desenvolver em seu
organismo uma resistência aos medicamentos.
Uma organização internacional chamada INERELA tem registrado, pelo
menos, 10 casos por mês de pessoas infectadas com o HIV que tem seu
estado de saúde piorado depois de interromper o tratamento por ter
recebido a oração de cura nas igrejas pentecostais e neopentecostais.
“Esses pastores deveriam estar na cadeia”, afirmou a fiel Margaret
Lavonga, que participou de um desses cultos e teve que desembolsar o
equivalente a US$ 36 para receber a oração e depois perceber que seu
estado de saúde estava piorando.
O reverendo Adama Faye, representante da Igreja Luterana no Senegal,
disse que essas orações de cura milagrosa resultam em danos graves não
só para aqueles que são portadores do HIV, mas também a toda sociedade:
“Estamos preocupados pois isso está negando conquistas [da ciência]
contra o HIV e AIDS. Os governos também devem manter estreita vigilância
sobre aqueles pastores que enganam as pessoas através dos milagres”,
alertou.Por Tiago Chagas.
@_ Minha opinião : Não de deve mandar ninguém interromper tratamento.O q eu faria? Oraria ,mas continuaria tomando o remédio,já q o remédio ñ cura só mantém vivo mais uns dias. Daí, se em um novo exame,constasse a cura definitiva,seria muito fácil saber de onde veio a cura, de Deus lógico!
Mais um lembrete: Há homens de Deus com unção de cura.Oram e Deus cura.Por isso ñ generalize em seus juízos ou julgamentos. Tem q ser uma decisão bem pessoal,bem sua.
É preciso ver tb, se ñ é ciúme de alguns líderes vazios por lá, q tem perdidos fiéis para essas igrejas Neopentecostais. Temos q examinar tudo antes de bater o martelo com a decisão final.
By Gil Wandro
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